“Tudo apontava para um ato pacífico”, diz coronel preso em depoimento

Durante audiência de custódia o ex-comandante da PMDF, coronel Fábio Vieira, disse que “não houve facilitação da PM” para entrada de extremistas na Esplanada

O coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), preso no último dia 10, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi ouvido pela Justiça um dia após ser detido. Durante a audiência de custódia realizada dia 11, Vieira afirmou que recebeu informações da área de inteligência de que as manifestações do dia 8 de janeiro “apontavam para um ato pacífico”. A declaração foi dada ao instrutor de gabinete do ministro Moraes, desembargador Airton Vieira.

O coronel foi o responsável pela operação da PM durante atuação nos atos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro e foi preso por suspeita de omissão para conter os extremistas.

Dentre outras declarações, o ex-comandante disse ainda que: “No dia dos fatos, estive presente no local e nós fizemos a operação de acordo com as informações que tínhamos recebido. Eu era o comandante-geral da Polícia Militar e havíamos recebido a informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos, e tudo apontava para um ato pacífico”.

Ele também negou negligência da PMDF durante as manifestações. “Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem”, disse Fábio Vieira, que foi preso em sua residência, no Park Way, em Brasília. O delegado da PF Camões Bessa foi quem realizou a prisão. O coronel da PM não resistiu.