TJ condena ex-secretário de Divino Lemes a pagar multa de R$ 2,2 Mi

O caso gira em torno de uma fraude em processo licitatório relacionada à contratação de um caminhão pipa de sua suposta propriedade, registrado em nome de terceiros.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) emitiu uma decisão que ecoa no cenário político de Senador Canedo, condenando o ex-secretário de Administração e Governo, Adevan de Jesus Morais, por improbidade administrativa. O caso gira em torno de uma fraude em processo licitatório relacionada à contratação de um caminhão pipa de sua suposta propriedade, registrado em nome de terceiros.

Adevan, em suas declarações ao Jornal Opção, negou veementemente ser o dono do caminhão, argumentando que apenas foi responsável pela retirada dos tacógrafos dos veículos alugados pela prefeitura, após estes terem sido furtados e recuperados pela polícia. Ele enfatiza: “Eu não era o dono, nunca tive nenhuma caçamba, quanto mais um caminhão”.

Por outro lado, o ex-prefeito Divino Lemes se posicionou defendendo que a contratação passou unicamente pela Secretaria de Administração, afirmando que o processo está “eivado de maldade”. Segundo Lemes, Adevan era responsável pela guarda dos caminhões no pátio da Secretaria e, quando houve o furto dos tacógrafos, ele assinou um termo de responsabilidade. Lemes insiste que o caminhão nunca foi propriedade de Adevan.

O desfecho resultou na condenação de Adevan ao pagamento de uma multa considerável de R$ 2,2 milhões, bem como no bloqueio de bens no mesmo valor para garantir o pagamento. Além disso, o ex-secretário também recebeu a pena de suspensão dos direitos políticos e do direito de contratar com a administração pública por três anos.

O processo ainda envolve outro personagem, Márcio Borges Seixlack, citado como motorista e conhecedor dos atos de improbidade, mas que não foi localizado pela Justiça para as devidas penalidades. Esse episódio certamente deixará marcas na memória política de Senador Canedo, destacando a importância da transparência e lisura nos processos públicos. *Com informações do Jornal Opção