O município de Cristianópolis está entre as 10 cidades goianas com maior diferença entre o número de habitante e eleitores. A cidade que fica na região da Estrade de Ferro do estado de Goiás, há 92 quilômetros de Goiânia, registra 886 eleitores a mais do que o número de moradores. O que corresponde a 129% dos habitantes. Lá, moram 2.964 pessoas, de acordo com a última contagem populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e pelo menos, 3.850 eleitores estão cadastrados e aptos para votar na cidade, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizados na última quarta-feira.
De acordo com o TER-GO, o domicílio eleitoral não implica necessariamente residência na mesma localidade, o que pode justificar as divergências estatísticas. Um cidadão pode morar em uma cidade, mas votar ou candidatar-se em outra. “É distinto o conceito de domicílio eleitoral do domicílio civil”, informou a assessoria do tribunal por meio de nota. Segundo o Código Eleitoral, “estando o eleitor patrimonialmente ligado à localidade”, com vínculos políticos, sociais ou econômicos, não há impedimento para que o domicílio eleitoral seja fora da cidade em que o eleitor reside.
O candidato a prefeito Rodrigo Achcar (PSD), diz que a transferência de domicílio eleitoral é um retrocesso para o processo democrático porque os representantes são definidos por cidadãos que não moram na cidade. “Os eleitores de fora não conhecem os candidatos, não sabem o que acontece na cidade e usam o poder do voto para ajudar conhecidos a se manter no poder. É por isso que nossa cidade está estagnada há 16 anos. Nosso presente e nosso futuro está sendo definido por quem não depende do desenvolvimento e do crescimento local. Eles vem, votam e vão embora”, criticou Achcar.
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