Vereador Fabrício Rosa recusa auxílio-representação de quase R$ 7 mil

Vereador Fabrício Rosa recusa auxílio-representação de quase R$ 7 mil
Vereador Fabrício Rosa recusa auxílio-representação de quase R$ 7 mil

Após a aprovação do bônus de um terço do salário aos parlamentares, Fabrício Rosa informou ao presidente da Casa, por meio de ofício, que abre mão do valor

O vereador Fabrício Rosa (PT) comunicou à Câmara Municipal de Goiânia nesta quarta-feira (8/1) que abre mão de receber o auxílio-remuneração. O bônus que será pago aos parlamentares, correspondente a um terço do salário dos vereadores – quase R$ 7 mil -, foi aprovado no dia 30 de dezembro de 2024 em sessão extraordinária do plenário da Câmara Municipal.

O auxílio-representação foi aprovado como parte da reforma administrativa, por meio de uma emenda jabuti (conteúdo diferente ao texto original do projeto).

Voto contrário
Além de se manifestar em plenário contra o novo pagamento aos vereadores, Fabrício Rosa encaminhou ofício ao presidente da Casa, o vereador Romário Policarpo (PRD), para comunicar que não quer receber o auxílio-representação.

“Os vereadores já contam com a cota de exercício da atividade parlamentar de R$ 15 mil e com salário de R$ 20 mil. Não precisamos de mais um bônus como esse. Ainda mais um jabuti emendado no texto da reforma administrativa do prefeito Sandro Mabel”, explica Rosa.

No ofício encaminhado ao presidente da Câmara Municipal, Fabrício Rosa informa a Romário Policarpo: “É de conhecimento público que este vereador, Fabrício Rosa (PT), votou contra a aprovação da matéria e fez contundentes críticas ao auxílio-representação, tanto no plenário da Casa quanto na imprensa local”.

E continua: “Sendo assim, coerentemente com o posicionamento adotado, e na condição de presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Goiânia, renuncio ao auxílio previsto no artigo 14 da Lei Complementar Municipal n° 382/2024.”

Bônus sancionado
Sancionada pelo então prefeito Rogério Cruz (Republicanos), a Lei Complementar 382/2024 regulamentou em seu artigo 14 o pagamento do auxílio-representação aos vereadores que exercerem atividades externas que representem de alguma forma o Legislativo goianiense.

“É uma forma de aumentar o salário dos vereadores sem encarar o desgaste junto à população que a discussão do reajuste traria para a Câmara”, critica Fabrício Rosa.