Aidar e Gomide querem criar “Medalha Washington Novaes”

Os deputados Humberto Aidar (MDB) e Antônio Gomide (PT), apresentarão projeto de lei para criar a Medalha Jornalista Washington Novaes. A iniciativa é, segundo os autores, uma forma de homenagear o ambientalista e jornalista paulista que se tornou referência em jornalismo ambiental em Goiás e no Brasil. Washington faleceu no último dia 24, após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino.

“Paulista, mas adotou Goiás. Pouquíssimas pessoas no mundo dedicaram tempo da sua vida à questão da ecologia e à questão indígena, quanto o jornalista Washington Novaes”, ressaltou Humberto Aidar.

Os propositores querem que a medalha seja entregue, anualmente, em 5 de junho, data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. “Cada parlamentar desta Casa terá direito a indicar uma pessoa, um profissional, um político ou uma Organização Não Governamental (ONG) para receber essa medalha. Alguém que comprovadamente tenha um trabalho na defesa da ecologia, do meio ambiente e da questão indígena”, explicou Aidar.

“Temos que mostrar, na Assembleia Legislativa, a importância da vida e do trabalho desenvolvido pelo jornalista Washington Novaes. Entendo que a medalha é um instrumento importante para deixar um marco muito forte daquilo que foi o trabalho dele. Para aqueles que acreditam e defendem o meio ambiente, Washington Novaes representa muito”, frisou Antônio Gomide.

Washington Novaes nasceu em Vargem Grande do Sul, SP, onde foi enterrado. Foi pioneiro na defesa do meio ambiente e da questão indígena no Brasil, produzindo textos e documentários para a TV, que abordaram os temas com imagens inéditas colhidas por ele mesmo, quando conviveu com os povos do Xingu, que resultou na série documental “Xingu – A Terra Mágica”. Duas décadas depois ele voltou ao local e registrou as mudanças, produzindo o documentário “Xingu, a Terra Ameaçada”. 

Novaes conquistou vários prêmios nacionais e internacionais e passou pelas principais redações de jornais do País, como O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Veja e TV Globo, Bandeirantes e TV Cultura. Mudou-se para Goiânia na década de 80, quando assumiu o cargo de editor-chefe do jornal “Diário da Manhã”.