Hoje, 19 de agosto, é Dia Nacional do Ciclista. A data, criada pela Lei Federal n° 13.508/2017, é para lembrar a brutal morte do jovem ciclista e estudante de biologia Pedro Davison, de apenas 25 anos.
Há exatos 17 anos, no mesmo 19 de agosto, mesmo dia do aniversário de 8 anos de sua filha, Luísa Davison (na foto com os avós Persio e Beth Davison), Pedro era brutalmente assassinado pelo motorista Leonardo Cruz da Costa, que dirigia em alta velocidade e alcoolizado, na altura da 213 Sul, onde hoje se encontra a Ghost Bike.
Apesar da criação da data e de várias tristes tragédias que poderiam ter sido evitadas, o trânsito no Brasil e em Brasília continuam sendo perigoso para quem escolheu a bicicleta como modal. Até quando? Até quando vamos continuar escrevendo os mesmos textos?
E pode ter certeza que é mais desesperador para as famílias dos ciclistas PEDRO DAVISON, RENATO CARLOS REZENDE, FILLIPE SANTARÉM, JOELSON FERNANDES, BRENDO SANTIAGO, LEANDRO PEREIRA, MATHEUS DA SILVA RODRIGUES, AMANDA ROCHA, LARISSA ALEXANDRE E RANIL RILVO e de milhares de outros ciclistas mortos no trânsito, que lamentam a impunidade e as penas leves que praticamente autorizam e incentivam outros motoristas criminosos a continuarem matando nas vias em todo o Brasil.
Tenho esperança que os nossos gestores acordem para a realidade mundial de respeito e implementação de novos modais que não sejam apenas os das quatro rodas. Houve avanços, mas que considero muito tímidos. Precisamos investir em qualidade de vida e no respeito à vida. *(texto de autoria do jornalista, radialista e historiador Luciano Lima)