Projeto que autoriza a contratação de artistas para apresentações artísticas em plataformas digitais durante a campanha eleitoral municipal deste ano. A iniciativa é polêmica e tende a dividir opiniões de especialistas e eleitores acerca da nova modalidade de apresentar propostas e angariar votos de forma totalmente digital. O novo coronavírus não interferiu apenas na alteração do calendário eleitoral, a pandemia reestabelece também normas e meios de fazer campanha. Nada de aglomerações na feira, cafezinho no bar da esquina, reuniões entre apoiadores e, menos ainda, distribuição de santinhos ou comícios.
Diante do distanciamento social, candidatos, apoiadores e cabos eleitorais precisam se adaptar e reconstruir um novo elo de comunicação direto, efetivo e eficiente com o eleitor. Não há dúvidas de que este pleito eleitoral será ainda mais digitalizado que os anteriores. Considerando a necessidade de prender a atenção do eleitor e garantir mais tempo de conexão, líderes políticos apostam na realização de lives com artistas. A exemplo do projeto de lei nº 3623/20, apresentado pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB) no início deste mês na Câmara dos Deputados em Brasília.
O autor propõe a realização de lives intituladas “Webmícios” com custo máximo de R$ 20 mil ao caixa de campanha do candidato. Em 2006, a contratação de artistas durante campana eleitoral “showmício” foi suspensa pela Lei nº 11.300/06. “É obrigação desta Casa Legislativa levar cultura à população, e como estão proibidas as aglomerações e, portanto, os comícios, os candidatos devem poder nos limites previstos contratar artistas para suas campanhas excepcionalmente, pois estamos vivendo um momento jamais vivido por esta geração”, justifica Frota.
Deixar uma Resposta