PIB brasileiro é o pior dos últimos 24 anos e economia volta ao patamar de 2009

O Brasil entrou em recessão. A confirmação foi oficializada com a divulgação do desempenho da economia no segundo trimestre de 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 9,7%, o que representa um tombo recorde com pior resultado nos últimos 24 anos. A indústria, os serviços e o consumo familiar foram os que mais sofreram com o impacto da pandemia. Neste cenário, a agropecuária foi o único setor que cresceu. Em meio à crise de recessão o Brasil engata marcha ré e a economia brasileira volta ao patamar de 2009. O presidente Jair Bolsonaro e lideranças políticas se comprometeram a acelerar a reforma administrativa e cumprir o teto de gastos.

O dinheiro que recebe, o imposto que paga, o emprego que gera, todo consumo tem peso na nossa economia. Consumo este que caiu consideravelmente desde o anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre a pandemia do novo coronavírus (covid-19). De acordo com o IBGE, o setor de serviços caiu 9,7% se comparado com o primeiro trimestre de 2020, já a categoria outros serviços (educação – saúde – turismo – hotelaria) teve queda de 23% na comparação com o primeiro semestre de 2019. Indústria e serviços representam 95% do PIB brasileiro. Os números registrados pelo IBGE mostram que este é o menor número registrado desde 1996.

A comparação anual do segundo trimestre entre 2019 e 2020, registra queda de 11,4%. O PIB de hoje, está no mesmo patamar que esteve em 2009. A economia brasileira voltou 11 anos no tempo. O ministro da economia Paulo Guedes, disse que o passado do PIB reflete um passado distante. “Isso é o sol daquele impacto da pandemia lá atrás. E é onde o Brasil ficaria se não tivéssemos tomado as medidas que tomamos junto ao Congresso. O que aconteceu realmente, é que essas medidas conseguimos criar uma volta em “V”. A economia está voltando em V”, declarou o ministro.

De acordo com o IBGE a recessão técnica foi amenizada pelo auxílio emergencial do Governo Federal que injetou milhões na economia.

AGRONEGÓCIO

Na contramão da crise, o agronegócio se mantém no azul, com desempenho positivo, embora o crescimento seja tímido o setor ajudou a amortecer a queda do PIB. No segundo trimestre do ano a agropecuária foi o único setor que teve resultado positivo, com aumento de 0,4% no primeiro trimestre e de 1,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Destaque para café, arroz e soja, que foi vendida a R$ 78 em 2019, e entre abril e junho de 2020 chegou a ser comercializada por R$ 107. Um reflexo do dólar em relação ao real. As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 1,8% no segundo trimestre, só a China comprou 40% do que foi exportado. O bom desempenho gerou empregos para o setor que também o único que contratou mais do que demitiu no primeiro semestre de 2020.