Bariani foi o maior defensor da cultura, da arte e da culinária goiana. Dentre outras ocupações fez história como: Escritor, Ensaísta, Pesquisador. Memorialista, Contista, Cronista. Romancista, Ficcionista, Folclorista. Pensador, Intelectual, Letrista. Produtor Cultural, Articulista, Jornalista. Ativista, Literato, Administrador. Conferencista, Orador, Poeta. Tá bom ou quer mais?
Waldomiro Bariani Ortêncio tinha muitas atribuições, ocupações e profissões, ao longo da vida se consagrou como escritor, compositor e folclorista, mas seu legado é para muito além disso. Bariani morreu na tarde desta ensolarada sexta-feira, 15, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), aos 100 anos de idade, no aconchego de sua casa ao lado dos seus.
Bariani foi um fenômeno de lucidez e robustez. Tratando-se apenas com ervas, não ficava doente. Tinha receita para tudo. Produzia sua própria pinga, que servia fartamente aos amigos. Maior vendedor de discos do Centro-Oeste, com seu Bazar Paulistinha, era compositor e lançou Lindomar Castilho. Sabia tudo de música, em especial a de raiz. Foi o esteio sobre o qual o publicitário Hamilton Carneiro se debruçou para falar de folclore no programa Frutos da Terra.
O jornalista e escritor, Iuri Rincon Godinho, publicou um artigo no Jornal Opção após tomar conhecimento da morte do amigo que o acompanhou por anos na Academia Goiana de Letras. Determinado trecho dizia: “Bariani foi um fenômeno de lucidez e robustez. Tratando-se apenas com ervas, não ficava doente. Tinha receita para tudo. Produzia sua própria pinga, que servia fartamente aos amigos. Maior vendedor de discos do Centro-Oeste, com seu Bazar Paulistinha, era compositor e lançou Lindomar Castilho. Sabia tudo de música, em especial a de raiz. Foi o esteio sobre o qual o publicitário Hamilton Carneiro se debruçou para falar de folclore no programa Frutos da Terra.”
Bariani foi um homem de origem simples que com leveza, altivez e ousadia ganhou o mundo e o coração dos goianos e brasileiros. Dentre inúmeras atribuições, se dedicou fidedignamente como defensor da arte, da cultura, da culinária, da educação e da história como membro da Academia Goiana de Letras, ocupando a Cadeira de nº 09, cujo Patrono é Antônio Americano do Brasil, de que foi fundador Pedro Cordolino Ferreira de Azevedo;
Atuou ainda como Sócio da União Brasileira de Escritores de Goiás, de que foi Presidente, da Comissão Nacional do Folclore, da Associação Goiana de Imprensa e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, além de outras agremiações sociais, culturais e de classe, entre as quais, Comissão Goiana de Folclore, Conselho Estadual de Cultura, Ordem Nacional dos Bandeirantes, Sociedade Geográfica Brasileira.
Uma de suas grandes obras está eternizada nas palavras e estrofes da música “Brasília – 21 de Abril”, que se tornou hino de Brasília ao ser adotada como tal durante a inauguração da Capital Federal, em 1960.
Autoridades do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como representantes da sociedade civil organizada e entidades culturais e afins, lamentam a morte de Bariani em suas redes sociais e em notas de pesar oficial.
BIOGRAFIA DE WALDOMIRO BARIANI ORTÊNCIO
FUNDADOR E PRIMEIRO TITULAR DA CADEIRA 23- BARIANI ORTÊNCIO(WALDOMIRO BARIANI ORTÊNCIO), de Igarapava(Usina Junqueira), São Paulo, 24.07.1923, escreveu, entre outros, “DICIONÁRIO DO BRASIL CENTRAL”(1983), “SERTÃO SEM FIM”(1965), “MORTE SOB ENCOMENDA”(1974), “A COZINHA GOIANA”(1967), “SERTÃO-O RIO E A TERRA”(1959), “FORÇA DA TERRA”(1974), “VÃO DOS ANGICOS”(1969), “O QUE FOI PELO SERTÃO”(1956), “DR LIBÉRIO-O HOMEM DUPLO”(1981), “O ENÍGMA DO SACO AZUL”(1985), “ESTÓRIAS DE CRIMES E DO DETETIVE WALDIR LOPES”(1981), “AVENTURA NO ARAGUAIA”(1987), “JOÃO FOGO”(1996), “MEDICINA POPULAR DO CENTRO-OESTE”(1994), “CARTILHA DO FOLCLORE BRASILEIRO” (1997).
Residente em Goiânia, desde 1939, para onde veio com a família ainda jovem. Foi proprietário de um Cursinho Preparatório em Campinas, Goiânia, em que um de seus mestres, era o Professor Egydio Turchi.
Escritor, Ensaísta, Pesquisador. Memorialista, Contista, Cronista. Romancista, Ficcionista, Folclorista. Pensador, Intelectual, Letrista. Produtor Cultural, Articulista, Jornalista. Ativista, Literato, Administrador. Conferencista, Orador, Poeta.
Tinha sido antes, Alfaiate, Jogador de Futebol, Professor de Matemática, Comerciante, Industrial, Fazendeiro e Minerador.
Detentor dos Prêmios Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, da Prefeitura Municipal de Goiânia, Bolsa de Publicações José Décio Filho, do Governo do Estado de Goiás e Prêmio JOÃO RIBEIRO, da Academia Brasileira de Letras.
Membro da Academia Goiana de Letras, Cadeira 09, cujo Patrono é Antônio Americano do Brasil, de que foi fundador Pedro Cordolino Ferreira de Azevedo.
Sócio da União Brasileira de Escritores de Goiás, de que foi Presidente, da Comissão Nacional do Folclore, da Associação Goiana de Imprensa e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, além de outras agremiações sociais, culturais e de classe, entre as quais, Comissão Goiana de Folclore, Conselho Estadual de Cultura, Ordem Nacional dos Bandeirantes, Sociedade Geográfica Brasileira.
Encontra-se na SÚMULA DA LITERATURA GOIANA, de Augusto Goyano e Álvaro Catelan, na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, Edição do MEC, l990 e no DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE GOIÁS, de Lisita Júnior. Inserido nos livros ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS e ESCRITORES DE GOIÁS, de Mário Ribeiro Martins. Presente na ESTANTE DO ESCRITOR GOIANO, do Serviço Social do Comércio e em diversos textos de estudos especiais.
Estudado em DIMENSÕES DA LITERATURA GOIANA, de José Fernandes, na ANTOLOGIA DO CONTO GOIANO I, de Darcy França Denófrio e Vera Maria Tietzmann Silva e em todos os dicionários e enciclopédias literárias.
Seu livro “MORTE SOB ENCOMENDA”, foi traduzido para o Inglês, com o título “A DEAL WITH DEATH”. Verbetado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS, de Mário Ribeiro Martins, MASTER, Rio de Janeiro, 1999. Encontra-se na ESTANTE DO ESCRITOR TOCANTINENSE, da Biblioteca Pública, do Espaço Cultural de Palmas. Biografado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS, de Mário Ribeiro Martins, MASTER, Rio de Janeiro, 2001. Muito bem estudado no DICIONÁRIO DO ESCRITOR GOIANO(Kelps, 2006), de José Mendonça Teles.
Nasceu em Igarapava, São Paulo, a 24 de julho de 1923. Filho de Antônio Bariani e de Josefina Bariani. Em 1930, começa o seu curso primário. Passa a trabalhar nas CASAS PERNAMBUCANAS, em 1931. Em 1938, transfere-se para Ituverava, interior paulista.
Com sua família, transferiu-se para Goiânia ainda criança, vindo a residir no bairro de Campinas onde jogou futebol pelo Atlético e se estabeleceu com uma casa de discos musicais, o BAZAR PAULISTINHA.
Já na nova Capital de Goiás, ingressou no Liceu e matriculou-se no Tiro de Guerra, em 1941.
Em 1948 matriculou-se na Faculdade de Odontologia, mas não concluiu o curso, eis que resolveu primeiro casar-se, o que fez, com Ana Silva de Moraes. São seus filhos: Maria Lucy, Suely, Nancy, Luis Antonio, José Carlos e Cláudio.
Em 1956 publicou seu primeiro livro, O QUE FOI PELO SERTÃO, o que lhe valeu o prêmio “Americano do Brasil”, instituído pela Academia Goiana de Letras, iniciando-se assim na carreira literária.
Em 1961 é eleito para a Academia Goiana de Letras, na Cadeira 9, cujo Patrono é Antonio Americano do Brasil e de que foi fundador Pedro Cordolino Ferreira de Azevedo. Torna-se Presidente, em 1966, da União Brasileira de Escritores de Goiás.
Recebe, em 1968, o título de CIDADÃO GOIANO, concedido pela Assembléia Legislativa de Goiás.
Em 1970, realiza viagem especial aos Estados Unidos da América.
Torna-se membro do Conselho Estadual de Cultura, em 1972.
Seguiram-se os livros: “O Sertão e o Rio” (1959); “Sertão Sem Fim” (1965), “Cozinha Goiana” (1967), “Vão dos Angicos” (1969), “Força da Terra” (1974) e “Morte sob Encomenda”(1974), “Dr.Libério-Homem Duplo” (1975), O Enigma do Saco Azul(1985), Aventura no Araguaia(1987), Meu tio-avô e o Diabo(1993), Medicina Popular no Centro-Oeste(1994), João do Fogo(1996), Cartilha do Folclore Brasileiro(1997), O Homem que teimava(1998), Crônicas & Outras Histórias(1998), João do Fogo e Pimentinha(1999), Caminho da Liberdade(2001), Crônicas-Lidas na Radio Clube de Goiânia(2005).
Em 1983 circulou seu mais esperado lançamento, o “Dicionário do Centro Oeste”, com mais de 10 mil verbetes do linguajar usado na região. É membro da Academia Goiana de Letras e um de seus mais influentes nomes.
Vinculado à Comissão Nacional de Folclore.
No programa da televisão Anhanguera FRUTOS DA TERRA, dirigido por Hamilton Carneiro, ocupa lugar de destaque, especialmente com suas estórias e receitas.
Detentor de dezenas de prêmios literários, é um dos nomes mais apreciados da literatura goiana.
Sobre ele e com o título “BARIANI ORTÊNCIO E O SERTÃO SEM FIM”, escreveu excelente matéria, o crítico literário Mário Martins, no livro ESCRITORES DE GOIÁS, Master, Rio de Janeiro, 1996.
No Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, é o 1º Titular da Cadeira 46 que tem como Patrono o Padre Manuel Aires de Casal. Na atual diretoria(2007-2009), é o 1º Tesoureiro.
Na Academia Goianiense de Letras é o Titular da Cadeira 23, entre os Titulares, tendo como Patrono Antonio Americano do Brasil.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br ou www.mariomartins.com.br
*Com informações da Academia Goianiense de Letas*
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