Gugu Nader quer expulsão de PM que agrediu mulher em academia

Deputado Gugu Nader vai à tribuna da Alego repudiar agressão de Policial Militar contra mulher em Academia

O deputado itumbiarense Gugu Nader (Agir) subiu à tribuna, durante a sessão Plenária desta quarta-feira, 1º, expressar sua indignação a respeito da a agressão praticada por um policial militar (de folga) depois de discussão com uma mulher na academia Blue Fit, em Goiânia. A discussão, seguida de agressão, foi registrada pelas câmeras de segurança da academia localizada no centro da Capital.

Em seu discurso na Assembleia Legislativa, Gugu Nader ressaltou o excelente trabalho do Comanda da Polícia Militar Goiana sob o comando do Governador Ronaldo Caiado (DEM), porém rechaçou a atitude do policial, que em sua opinião deve ser afastado das atividades e até expulso, caso seja comprovado abuso de autoridade por parte da Corregedoria da PMGO. “O trabalho da Polícia Militar de Goiás (PMGO) não pode ser manchado por um covarde. Essa Casa tem que pedir ao comandante da PMGO o envio de um relatório que diga o que vai acontecer com esse policial. Esse cidadão não merece vestir a farda que veste”, disse.

Em entrevista ao Notícias Goianas, o parlamentar afirmou que um requerimento será encaminhado ao Comandante Geral da PMGO, Coronel André Henrique, solicitando que todos os passos da investigação que envolvem o Policial Militar, Luíz Pereira da Silva Neto Moura de Macena Mendonça, sejam encaminhados à Assembleia Legislativa por meio de relatórios e diligências acerca do caso. “Queremos acompanhar todos os passos desse inquérito da Corregedoria para que esse senhor não fique impune. Espero que esse caso não termine “abafado”. Seria um desrespeito com as mulheres e com todos nós, deputados, que representamos os goianos”. E pontuou: “Amanhã, eu e os deputados Coronel Adailton e Gustavo Sebba, entregaremos um requerimento ao comandante para acompanhar de perto essas investigações. E digo mais, tenho certeza que o governador não vai deixar essa ação violenta passar ilesa”, completou Gugu.

Entenda o caso

A agressão contra Marina Azambuja Miranda aconteceu durante o treino. A vítima estava treinando em uma máquina quando a esposa do agressor perguntou o quanto faltava pra ela liberar a máquina. Enquanto ela terminava seu exercício, o casal teria reclamado que a mulher “só ficava no celular”.

Depois da queixa, o agressor, Luíz Pereira da Silva Neto Moura de Macena Mendonça e sua esposa foram usar o aparelho disputado e o homem teria começado a encarar a vítima. Depois que terminou de fazer o exercício, o marido foi atrás da mulher que estava fazendo os exercícios antes no local para provocá-la. Com os ânimos já alterados, ele teria dito “cria vergonha” e a vítima repetiu a mesma frase para ele. Esse foi o estopim para começar a agressão física.

Imagens registrada pelo circuito interno de câmeras de segurança flagraram o momento exato em que a vítima é empurrada e posteriormente, atingida por um soco. O desentendimento começou quando o agressor teria chamado a vítima de “porpeta”. “A princípio não vislumbrei agressão de gênero, mas isso será apurado”, comentou o delegado Eduardo Carrara ao afirmar que o autor da agressão vai ser intimado a depor em até 30 dias.

Oitivas
Como o agressor, Luíz Pereira da Silva Neto Moura de Macena Mendonça não compareceu à delegacia, a vítima e as testemunhas foram ouvidas. A mulher agredida também passou por exame de corpo de delito. De acordo com o delegado, o homem pode ser indiciado por lesão corporal, ameaça e injúria. O inquérito será encaminhado nesta quarta-feira, 1º, para a delegacia mais próxima da academia onde houve a agressão.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás informou que, após tomar conhecimento dos fatos, determinou a instauração de um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias que envolveram o ocorrido. A nota diz ainda que todas as providências cabíveis foram tomadas.

Academia expulsou o agressor do quadro de alunos
Também em nota, a Academia Bluefit informou que não compactua com nenhuma atitude de agressão e que repudia todo e qualquer tipo de violência dentro e fora das dependências da empresa. Além disso, a diretoria da unidade afirmou que está prestando todo o suporte e assistência necessário à vítima. Ademais, tornou pública a informação de que o agressor não faz mais parte do quadro de alunos da academia. *Com informações do Jornal Opção