A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) autuou em mais de R$ 300 mil os donos de uma fazenda Alagoas situada em Cavalcante, no nordeste de Goiás, após ser constatado o desmatamento de mais de 530 hectares, sem autorização, dentro de um território kalunga.
No local que é alvo de uma operação nesta sexta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, com o apoio das polícias Militar e Civil, foram apreendidos 300 toneladas de calcário, um tipo de minério usado para preparar o solo para o plantio. O pedaço de mata preservada que foi destruído corresponde a mais da metade do que foi desmatado na região – cerca de 1 mil hectares.
O desmatamento foi feito na fazenda por meio de correntões, que consiste em dois tratores conectados por um cabo de aço entre eles e que se movimentam juntos no intuito de destruir e arrastar a vegetação nativa.
De acordo com a titular da Semad, Andrea Vulcanis, os agentes ainda tentam descobrir o que motivou a exploração da área de preservação, que é de difícil acesso e, segundo ela, “sem propósito”.
“Queremos identificar qual seria a destinação dessa área, se era uma preparação de área para uso agrícola, o que, a princípio, me parece muito fora de propósito por conta, inclusive, da viabilidade econômica. É 1h30 de estrada de chão no meio da floresta, no meio do Cerrado, sem nada por perto”, declarou.
A Secretaria de Meio Ambiente comparou as imagens de satélite registradas em junho com as imagens de maio deste ano. Assim, a pasta conseguiu identificar o desmatamento dentro do território quilombola e da área de preservação ambiental de Pouso Alto.
A Semad informou ainda que uma outra fazenda também estava sendo alvo de desmatamento e que as terras estavam sendo arrendadas para uma mineradora. Segundo a pasta, essas propriedades ainda não foram desapropriadas, mas estão dentro do território quilombola.
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