Especialista dá dicas sobre como evitar e tratar a Síndrome Mão-Pé-Boca

Goiás registra surto da Síndrome mão-pé-boca e este ano já foram registrados cerca de 650 casos suspeitos da doença em 14 cidades do estado

A Síndrome mão-pé-boca (SMPB) é considerada uma doença benigna, tendo tratamento somente para os sintomas. No mês de maio, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgou registro de 646 casos suspeitos, sendo aproximadamente 500 casos confirmados. Foram 56 surtos em 14 municípios entre janeiro e junho de 2023.

No ano passado ocorreu um surto em cinco estados do centro-sul do país. De acordo com o diretor geral do Hospital e Maternidade América, Dr. Wesley Medeiros, a sazonalidade de doenças virais era esperada. 

“Depois da pandemia da covid, onde tivemos o isolamento das crianças, não houve ocorrência de casos por dois anos, ocorrendo uma mudança no padrão epidemiológico, previsto pela medicina”, esclarece o médico Wesley Medeiros.

A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus e ainda não tem vacina para combatê-lo. É um vírus presente no sistema digestivo de crianças e adultos. É mais comum o acometimento na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca. Os sinais comuns da doença iniciam-se com febre alta, logo depois começam a surgir lesões na boca, amígdalas e faringe, também manchas vermelhas que podem se abrir sendo muito doloridas. Surgem bolhas nas palmas das mãos, nas plantas dos pés, podendo aparecer nas nádegas e região genital. A criança sente muito mal-estar, fica sem apetite, diarreia e vômito. A criança costuma babar pois sente dificuldade de engolir pela dor causada pelas ulcerações.

Altamente contagiosa, a transmissão da doença acontece por contato direto entre as pessoas, através das fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. “A transmissão do vírus pelas fezes, ainda pode acontecer por até quatro semanas após a criança já ter se recuperado. Por este motivo, o isolamento é essencial, tirando a criança infectada do convívio de outras crianças para quebrar a cadeia do contágio”, ressalta o Dr. Wesley.

Como ocorre com outras infecções por vírus, a doença regride espontaneamente depois de alguns dias. “O tratamento é feito para aliviar os sintomas, remédios para febre, vômito, diarreia e ter atenção para a ingestão de líquidos, pois a doença não chega a ser grave, porém, é dolorosa para a criança, já que a criança com lesões na boca fica sem beber e comer, o que pode progredir para uma desidratação que é mais sério e causar maiores preocupações”, alerta o doutor Wesley Medeiros, diretor do Hospital e Maternidade América da rede Hapvida NotreDame Intermédica.

“Para se prevenir desta e de tantas outras doenças causadas por vírus, a melhor forma é não descuidar da higiene básica, lavando sempre muito bem as mãos, os alimentos a serem consumidos”, adverte o diretor médico.

Hapvida NotreDame Intermédica

A fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, em fevereiro de 2022, levou à criação do maior grupo de saúde e odontologia do Brasil. A nova empresa, com mais de 68 mil colaboradores, atende cerca de 16,1 milhões de beneficiários de saúde e odontologia, que têm à sua disposição a maior rede própria de atendimento, presente nas cinco regiões do país. Todo o aparato do grupo foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 84 hospitais, 78 prontos atendimentos, 335 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Desta combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.