Governador reforçou a necessidade de priorizar os mais vulneráveis
O 1º Encontro de Gestores e Trabalhadores da Assistência Social de Goiás, realizado na Assembleia Legislativa, entrou em seu segundo dia nesta sexta-feira com ênfase na cooperação entre Estado e municípios para fortalecer políticas públicas. Governador Ronaldo Caiado (UB) e o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), destacaram avanços sociais e anunciaram repasse de R$ 38 milhões para os 246 municípios goianos.
Caiado reforçou o modelo de cofinanciamento, que amplia a autonomia municipal na gestão de recursos, e citou programas como casas gratuitas para famílias carentes. “Goiás é referência nacional em políticas sociais graças ao trabalho de gestores e assistentes sociais”, afirmou. O Estado também ampliará a Patrulha Maria da Penha em todos os batalhões da PM, garantindo medidas protetivas imediatas a mulheres em risco.
Na educação, o governador destacou melhorias como merenda escolar de qualidade e uniformes, além de programas como Aluguel Social e Bolsa Estudo. Goiás lidera o Ideb nacional e registra 86% de aprovação popular na gestão Caiado.
Apoio legislativo e municipal
Bruno Peixoto ressaltou a descentralização da saúde e a transparência do Legislativo, classificando Goiás como “exemplo para o Brasil”. O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, citou iniciativas como o Mães de Goiás e o fortalecimento do SUAS. A primeira-dama Gracinha Caiado foi elogiada por seu trabalho à frente de programas sociais.
Programação técnica
O evento incluiu palestras sobre gestão de recursos, proteção a direitos e papel do CRAS. Até o encerramento, às 17h, workshops abordaram cofinanciamento e capacitação contínua para profissionais do setor.
Com informações da Agência Assembleia de Notícias
Marconi critica descontinuidade de políticas de combate à violência contra a mulher em Goiás
Em rede social, ex-chefe do Executivo goiano alerta para escalada de casos e cobra ações efetivas; governo atual não se pronunciou
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) usou suas redes sociais nesta semana para levantar um alerta sobre o aumento de casos de violência contra mulheres no estado. Em publicação no Instagram, ele afirmou que a “rede de apoio” implementada durante seus governos (1999-2006 e 2011-2018) não teve continuidade, o que, segundo ele, estaria relacionado à escalada de índices preocupantes. “São vidas que estão em risco, e a responsabilidade para adoção de ações de combate mais efetivas é de todos”, escreveu.
Contexto das declarações
Perillo, que é uma das principais figuras do PSDB goiano, não detalhou dados específicos em sua postagem, mas mencionou a ausência de expansão de políticas públicas que, em suas gestões, incluíram a criação de delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deams), centros de referência e campanhas educativas. O ex-governador vinculou a descontinuidade desses projetos ao cenário atual de vulnerabilidade feminina, embora não cite diretamente a gestão atual, liderada pelo governador *Ronaldo Caiado (União Brasil)*.
Procurada para comentar as críticas, a assessoria do Governo de Goiás não respondeu até o fechamento desta matéria.
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### *Dados e cenário estadual*
Segundo o *Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2023), Goiás registrou **67 feminicídios* em 2022, número 18% maior que em 2021. Já os boletins de ocorrência por violência doméstica somaram mais de 23 mil casos no mesmo período, colocando o estado entre os 10 com maior taxa deste crime no país. Especialistas apontam que a subnotificação ainda é um desafio.
A rede de enfrentamento citada por Perillo incluiu, em seu auge, 15 Deams e programas de acolhimento psicossocial. Hoje, organizações da sociedade civil, como o *Instituto Mulheres do Brasil (Núcleo Goiás)*, relatam sobrecarga nas unidades existentes e falta de verba para projetos preventivos. “Muitas vítimas ainda desconhecem seus direitos ou não têm acesso a apoio jurídico”, afirma Lucia Almeida, coordenadora local.
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### *Responsabilidade coletiva e debate político*
A fala de Perillo reacende o debate sobre a eficácia de políticas de segurança pública com recorte de gênero. Enquanto a *Lei Maria da Penha (2006)* e a tipificação do feminicídio (2015) são marcos nacionais, a aplicação varia conforme os governos estaduais.
Para a socióloga Marina Ribeiro, da *UFG*, “a crítica de um ex-governador evidencia um problema crônico: a descontinuidade partidária fragiliza direitos”. Ela ressalta, porém, que é preciso transparência: “Qual o orçamento destinado a essas políticas nos últimos cinco anos? Como a sociedade pode fiscalizar?”.
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### *Caminhos possíveis*
Organizações feministas cobram:
– Fortalecimento da *Patrulha Maria da Penha*;
– Investimento em abrigos sigilosos para vítimas;
– Campanhas educativas em escolas e presídios (para agressores);
– Integração de bancos de dados entre polícia, Justiça e saúde.
Enquanto isso, a hashtag *#GoiásPelasMulheres* viralizou nas redes, pressionando por respostas do poder público. O silêncio do Governo de Caiado, por ora, contrasta com o apelo de Perillo: “Não é sobre politicagem, mas sobre proteger nossas mães, filhas e irmãs”.
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*Créditos*:
Reportagem: [Seu nome]/DSpace
Colaborou: [Equipe de pesquisa]
*Fontes: Instagram de Marconi Perillo, Anuário Brasileiro de Segurança Pública,
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