Durante sabatina realizada pela Federação da Indústria do Estado de Goiás (Fieg) nesta segunda-feira 28, o candidato a prefeito pela coligação Goiânia Merece Mais (PSB/PDT/Rede Sustentabilidade), deputado federal Elias Vaz, afirmou que pretende estabelecer parceria com o Sistema S para a capacitação de mão-de-obra em Goiânia. Segundo ele, é uma das alternativas para vencer a crise causada pelo coronavírus.
“A geração de emprego e renda será um dos pilares da nossa administração. E as entidades ligadas ao Sistema S têm conhecimento, já atuam nessa área de qualificação há décadas. Essa experiência será aproveitada com parceria concreta. O nosso objetivo é planejar estratégias permanentes destinadas a fortalecer a economia goianiense, sobretudo para alavancar ações no pós-pandemia”.
A pergunta sobre a atenção ao Sistema S foi formulada pelo presidente da Fieg, Sandro Mabel. Também participaram o vice-presidente, André Rocha, e o diretor geral do Sesi, Paulo Vargas. Elias foi acompanhado pelo candidato a vice na chapa, Genival Naves, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira, e o presidente do diretório metropolitano do PSB, José Alves.
O candidato ressaltou que pretende investir na vocação de Goiânia para a indústria de confecções. Citou como exemplo de omissão do poder público a situação decadente da Avenida Bernardo Sayão, onde boa parcela das lojas está de portas fechadas. “Cresci naquela região, vi as lojas abrindo, a Bernardo Sayão se tornando um pólo e os problemas que surgiram. O setor de confecções alavanca o turismo comercial na capital e, apesar disso, não tem recebido a devida valorização das administrações municipais. Vamos mudar essa realidade”. Defendeu ainda a instalação de pólos industrias na capital, sobretudo nas regiões de acesso à cidade.
Transporte público e trânsito
Outra proposta apresentada durante a sabatina foi a de um novo modelo de gestão do transporte coletivo, em que o poder público se responsabilize pela arrecadação e faça o pagamento às empresas por quilômetro rodado. “O transporte público hoje está órfão, a prefeitura lava as mãos e o transporte se torna uma relação das empresas com os usuários, o Município não tem compromisso com a qualidade do serviço. O transporte coletivo de qualidade é uma questão estratégica. Em nenhum lugar no mundo o trânsito é bom com um transporte coletivo ruim. Vamos mudar a gestão do transporte”, afirmou.
Elias Vaz também defendeu a estruturação da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e a implementação de subsídios, como o parquímetro, garantido por lei e que nunca foi aplicado em Goiânia. Lembrou que apresentou uma emenda na Câmara de Vereadores para que o recurso do parquímetro seja destinado a melhorias do transporte coletivo.
Código Tributário e Pacto Federativo
Elias Vaz disse que é necessário atualizar o Código Tributário de Goiânia, em vigor desde 1976. O candidato defende que as regras tributárias não devem servir apenas como ferramenta de arrecadação, mas como instrumento de organização da cidade. “O centro da capital, por exemplo, está sendo esvaziado porque as alíquotas cobradas são muito altas, o dobro do que pagam hoje moradores de condomínios fechados. A nossa proposta é oferecer incentivos fiscais para que os empresários possam se instalar em várias regiões da cidade, inclusive onde está a mão-de-obra, resolvendo assim uma questão de mobilidade. Num primeiro momento, a prefeitura pode arrecadar menos, mas fica muito mais barato que construir viadutos depois”.
O deputado ressaltou que está trabalhando na Câmara Federal por um sistema tributário mais justo e pela revisão do pacto federativo. “É preciso descentralizar os recursos do governo federal, dono da maior parte do bolo orçamentário, enquanto a menor fatia vai para os municípios, que ficam de pires na mão atrás de dinheiro para desenvolver políticas públicas”.
Gestão moderna
O candidato enfatizou a importância de modernizar e de tornar mais eficiente a gestão da capital. “O Município tem em torno de 40 mil servidores e as políticas públicas não funcionam porque a gestão é incompetente e porque o dinheiro muitas vezes vai para o ralo da corrupção”. Como exemplo de problema, ele citou a ação da Comissão de Especial de Inquérito instalada na Câmara Municipal em 2017 para apurar irregularidades na Saúde e que, entre outras denúncias, identificou 10 aparelhos de raio-X novos encaixotados no almoxarifado havia dois anos enquanto a prefeitura mantinha contrato milionário com uma empresa terceirizada que alugava equipamentos antigos e sucateados para as unidades de saúde.
Elias Vaz adiantou que irá formar um secretariado técnico e condenou a política do toma lá, dá cá, baseada em troca de cargos e não nos critérios da competência e da honestidade. Apresentou outro pilar da administração: a transparência. “O cidadão vai ter direito de saber como cada centavo é gasto pela prefeitura”.
O candidato reforçou que a experiência de 18 anos como vereador será determinante na administração municipal. “Sei onde estão os principais gargalos e tenho propostas eficientes para a solução dos problemas. Tem candidatos que conhecem bem o entorno, mas quem conhece Goiânia sou. Cresci, vivi e trabalhei aqui. Essa experiência será aplicada em políticas públicas de qualidade para o povo goianiense”.
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