Ao contrário do que as pessoas pensam, o colesterol não é uma doença que acomete apenas pessoas de maior idade. Crianças também são afetadas pela doença por hereditariedade ou má alimentação
Colesterol alto aumenta os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), o que pode ser fatal, em qualquer idade, especialmente nos idosos. Especialistas alertam para os riscos e dão dicas para um melhor comportamento alimentar, atividade física e acompanhamento médico, para garantir mais qualidade de vida e controle dos níveis de colesterol. “O colesterol descontrolado é um vilão silencioso e pode afetar até crianças. Uma boa estratégia alimentar controla o excesso de colesterol e aumenta a imunidade, mas deve ser acompanhada por nutricionista para manter o nível do colesterol ruim. Basicamente, a dieta deve ser cíclica e adequada a rotina diária com valores de nutrientes adequados”, alerta a endocrinologista do Sistema Hapvida, Dra. Fernanda Máximo.
Apesar de atípico, a médica chama a atenção para os riscos do colesterol em crianças de até cinco anos. “Se engana quem pensa que o colesterol é uma doença de adultos e idosos. Crianças de até cinco anos de vida também podem sofrer elevação dos níveis de colesterol, apesar da dificuldade do diagnóstico”, alerta a endocrinologista Fernanda Máximo, que atribui o problema ao consumo de produtos industrializados, que em sua maioria é rica em caloria, conservantes, corantes e baixo teor nutricional. “Além da alimentação inadequada, as crianças também podem ter o colesterol ruim aumentado por herança genética. Tanto uma quanto a outra causa apresentam altos riscos de doenças cardiovasculares como infarto, AVC e até morte súbita”, destaca.
De acordo com a especialista, o melhor tratamento é forçar ao máximo a mudança de estilo de vida com a prática diária de exercício e uma dieta saudável. Em casos de hiperlipidemia (altos níveis de gordura na corrente sanguínea) familiar com fatores de risco, a criança terá que fazer uso da estatina pelo resto da vida”, explica Fernanda Máximo.
A especialista afirma ainda que o sedentarismo, excesso de peso e alimentação inadequada são alguns fatores que contribuem para o descontrole do colesterol. “Todo alimento que contém gordura saturada e trans como: carne, ovos e derivados de leite, biscoito, manteiga, salgadinhos e sorvete, frituras e o excesso de açúcar, aumentam o colesterol. Porém a alimentação não é o único fator que influencia na alta do colesterol! O estilo de vida inadequado, o sedentarismo e hereditariedade genética também podem levar os níveis às alturas”, explica a endocrinologista.
O grande problema, segundo a médica, é que a maioria das pessoas que têm colesterol ruim alto não sabem e não conhecem os riscos. “O principal meio de diagnóstico de elevação do colesterol ruim é detectado por exames de sangue, porém o brasileiro não tem o hábito de fazer acompanhamento médico periodicamente. E, quando diagnosticados, em sua maioria, são casos que exigem um tratamento medicamentoso severo e imediato”, pontua Fernanda Máximo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada ano, 300 mil brasileiros sofrem um infarto e em 30% desses casos, o ataque cardíaco é fatal. Para não correr esse risco a dona de casa, Maria Cândida Fedrigo mudou os hábitos alimentares e aos poucos o colesterol que estava alto está se estabilizando. “Estou controlando o consumo de carboidratos, como uma fruta a cada duas horas, passei a medir o colesterol diariamente e comecei a fazer caminhada. Meu colesterol já chegou a 400 em jejum. Hoje, não passa de 180”, relatou.
As doenças cardiovasculares (DCV) representaram mais de ¾ das causas de morte no Brasil. A informação foi publicada no site da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), revela que o aumento no índice de colesterol é mais comum nas mulheres (25,9%) e nos homens (18,8%). De acordo com a Sociedade Brasileira de Colesterol (SBC), 11% da população nunca fez exame de colesterol, outros 70% só são examinados depois de 45 anos.
O atual cenário requer atenção de especialistas e sugere mais cuidado e atenção por parte da população. “Os números preocupam, e ainda assim, há quem não procure ajuda médica. É importante ressaltar a ligação entre colesterol alto, triglicérides, colesterol baixo, metabolismo, glicemia e obesidade. Portanto, todos os casos favorecem e aumentam os riscos de doenças cardiovasculares. Considerando que o surgimento de placas de gordura nas artérias começa na infância e só se manifesta na idade adulta. É importante estar atento aos sinais do corpo para manter os níveis de colesterol controlado e buscar uma vida saudável com novos hábitos”, afirma a colaboradora do Sistema Hapvida, Fernanda Máximo.
Campanha de combate ao colesterol
Durante o mês de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, uma data fundamental para disseminar dados, informações e dicas para transformar o cotidiano da população e garantir mais qualidade de vida. Até porque, todo ano, 350 mil pessoas morrem por complicações de doenças cardiovasculares.
Para ajudar na conscientização da população, o Hapvida NDI conta com profissionais qualificados que seguem as orientações do Ministério da Saúde para reduzir o consumo de sódio e alimentos industrializados. “O ideal é reduzir o consumo de açúcar, especialmente, em alimentos processados. Esta é a melhor estratégia para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis como o colesterol”, completa a endocrinologista do Sistema Hapvida que promove campanhas e programas especiais para redução dos níveis de colesterol ruim alto a seus associados.
O que é colesterol?
O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) essencial para o funcionamento do nosso organismo. 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30% vêm da dieta.
Quais as consequências do excesso?
O colesterol em excesso acaba se depositando na parede dos vasos sanguíneos e levando à formação de placas aterosclerótica (placas de gordura são formadas nas artérias, podendo causar doença coronariana) pode levar a um infarto do miocárdio, um derrame ou até à morte súbita.
Ausência dele no organismo?
O colesterol é o componente estrutural das membranas celulares em todo nosso corpo e está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Nosso corpo usa o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.
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