Cinthia Dias do PSOL defende o fim das OSs na gestão pública

A Candidata ao Governo de Goiás pelo PSOL, Cíntia Aparecida Dias (PSOL), participou de sabatina no Jornal da Gazeta-Edição do Almoço da TV Gazeta, na última segunda-feira, 22. Durante os 50 minutos de entrevista, a candidata teve a oportunidade de expor suas propostas e respondeu perguntas elaboradas pela equipe de jornalismo da TV e a perguntas enviadas por telespectadores.

A socióloga Cíntia Aparecida Dias falou sobre meio ambiente, agronegócio, indústria e comércio, infraestrutura, saúde, educação e administração pública. A ativista de causas femininas, nascida em família indígena e cigana destacou sua atuação nas lutas do povo por meio de movimentos sociais.

Sobre o meio ambiente, a candidata discorreu sobre incertezas, mudanças climáticas e escassez de água potável. “O nosso projeto de governo traz uma perspectiva diferente de produção e de organização da sociedade, porque ele provoca os trabalhadores (a), principalmente da agropecuária e da agrotecnologia outra perspectiva de vida”, comentou.

Ela pontuou ainda a necessidade da criação de uma estrutura ousada para atender o pequeno e médio produtor, aquele que coloca e abastece a comida na mesa dos goianos. “O agronegócio tem tido grandes fortunas, o PIB está alto por conta do agronegócio. Seremos um estado que irá produzir tecnologia, investir em ciência, fomentar para que realmente nós goianos tenhamos no mínimo três refeições na mesa durante o dia a dia. Criaremos política pública que garanta o reflorestamento, que as bacias de água sejam recuperadas para que tenhamos uma garantia de futuro, porque da forma que está infelizmente a nossa terra, nosso solo não irá sobreviver. Estamos propondo uma forma de pensar, com sustentabilidade, comida no prato é economia saudável’’.

Outro ponto alto da sabatina a Cinthia Dias se deu ao ser questionada sobre a continuidade do sistema de administração das unidades de saúde públicas através das chamadas OSs, Organizações Sociais. “Um governo que é eleito pelos goianos para poder governar a estrutura do estado e terceirizar, não deveria ser eleito, não deveria nem colocar seu nome a disposição de candidatura, pois se, não tem competência para poder dirigir e ser gerenciador dessa estrutura, ele está no lugar errado”, disparou.

Cinthia lembrou ainda que as OSs são caras e ineficientes pelo custo benefício. “Pelo mesmo valor que hoje é gasto com as OSs de saúde e de educação, se a gente investe diretamente, teremos produção muito maior de atendimento, recursos e garantia de atendimento de qualidade. Não basta passar um batom no hospital e continuar com filas enormes para exames mais difíceis e mais caros, isso não é o suficiente. Precisamos reverter essa lógica e devolver para o estado a sua responsabilidade. As OSs não terão lugar no nosso governo, elas são caras demais e não garante um atendimento de qualidade para todos os cidadãos, além de sempre estar envolvida com corrupção. São caras, ineficientes e corruptas’’, completou a candidata.