O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, voltou atrás na decisão de exonerar 1.962 servidores comissionados, revogando os decretos de exoneração poucas horas após sua publicação no Diário Oficial do Município nesta terça-feira (8). A medida, que inicialmente retirava do quadro de funcionários diversos cargos de confiança da administração municipal, foi anulada no mesmo dia com a publicação de um novo decreto que tornou sem efeito os decretos 4.340 e 4.341.
A decisão surpreendeu tanto a população quanto os servidores afetados, que inicialmente foram desligados de suas funções. A revogação ocorreu após forte repercussão da exoneração em massa, que incluía gerentes, assessores e coordenadores, muitos lotados em áreas estratégicas, como a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A dispensa havia causado apreensão entre os trabalhadores e levantado questionamentos sobre o impacto nos serviços públicos.
O governo municipal não detalhou as razões exatas para a mudança de posicionamento. Em nota breve, a assessoria do prefeito limitou-se a afirmar que a revogação dos decretos fazia parte de um ajuste nas decisões administrativas.
Impacto nos serviços públicos
Apesar da anulação das exonerações, a administração de Rogério Cruz enfrenta desafios à medida que se aproxima o final de seu mandato. Após o resultado das eleições municipais de 2024, em que o prefeito obteve apenas 3,14% dos votos, o desgaste político vem crescendo, e as pressões por ajustes na gestão aumentaram. A decisão de exonerar e depois reintegrar os servidores deve intensificar as críticas à gestão de Cruz, que já enfrenta uma queda de popularidade. Com a anulação das demissões, espera-se que os serviços públicos voltem à normalidade, mas a administração precisará lidar com o impacto político dessa decisão nos últimos meses de gestão.
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