Ação no Parque Areião marca Dia Internacional da Pessoa com Nanismo   

Ação no Parque Areião marca Dia Internacional da Pessoa com Nanismo   
Ação no Parque Areião marca Dia Internacional da Pessoa com Nanismo   

Evento será realizado nesta quinta-feira (24), durante feriado do aniversário de Goiânia em alusão ao dia 25 de outubro  

O Instituto Nacional de Nanismo (INN) realiza, nesta quinta-feira (24/10), uma ação de conscientização ao Dia Internacional da Pessoa com Nanismo, celebrado no dia 25 de outubro. O encontro, que será em Goiânia, no Parque Areião, é aberto ao público geral, começa às 8 horas e segue até 12h com brinquedos para as crianças e apresentação de um curta metragem em realidade virtual: “Na Altura do Coração: o Nanismo na Vida Real”.   

No Brasil, o dia 25 de outubro é conhecido como Dia de Combate ao Preconceito Contra a Pessoa com Nanismo, usado para conscientizar sobre a deficiência que só foi reconhecida como tal em 2004. O Instituto nasceu em Goiás, e a presidente Juliana Yamin explica que a data é importante porque infelizmente a pessoa com nanismo ainda não é respeitada como deveria. “A pessoa com nanismo ainda é o anão da piada. E isso não é um exagero. Ainda vemos pessoas com nanismo em situação de desumanização. Já avançamos como comunidade, mas o caminho ideal ainda é longo”.   

O nanismo é uma característica comum a mais de 750 tipos de displasias ósseas já conhecidas em todo o mundo. No geral, mulheres com nanismo possuem altura inferior a 1,40m e homens inferior a 1,50m. O tipo mais comum é a acondroplasia, uma doença genética rara que afeta a cartilagem e os ossos, causando baixa estatura e membros curtos. Para este tipo, em específico, a estimativa é de 1 a cada 25 mil nascidos vivos.   

Realidade Virtual   

O curta documentário “Na Altura do Coração: o Nanismo na Vida Real” é de cinema imersivo e é emocionante. Com uma visão íntima e sincera, traz a vida de três indivíduos com tipos diferentes de displasias ósseas: Fernando Vigui (acondroplasia), Gigante Léo (displasia diastrófica) e Monalisa Ned (displasia espondiloepifisária). Gravado usando a tecnologia de Realidade Virtual em 360º, o filme possibilita que o público vivencie, de uma forma bastante realista, as barreiras arquitetônicas e atitudinais enfrentadas por eles.   

“O filme foi gravado com a tecnologia de cinema imersivo 360º e a câmera foi colocada na altura dos personagens para que o público tenha uma referência da visão espacial que essas pessoas têm no dia a dia. O objetivo é mostrar a realidade da falta de acessibilidade, desconstruir o capacitismo e promover a empatia mudando, assim, o olhar sobre o nanismo no Brasil”, explica Juliana Yamin. O pré-lançamento foi realizado em São Paulo e esta é a primeira vez que ele será exibido em Goiânia.   

“Eu me emocionei ao ver o resultado de um trabalho feito com tanto amor, dedicação e coragem… Coragem. Eu também venci a mim mesma pegando ônibus sozinha no Rio de Janeiro. Por eu ser minúscula, vi no filme bem a minha realidade mesmo, mas conversando com outras pessoas compridas, parece que eles sentiram bem a minha visão. Uma dica: melhor assistir em pé!”, completa Monalisa Ned, filha do cantor que também tinha nanismo, Nelson Ned e uma das protagonistas do documentário.  

Instituto Nacional de Nanismo   

Com sede em Goiânia, o Instituto Nacional de Nanismo (INN) é a plataforma estrutural de dois movimentos: ‘Somos Todos Gigantes’ e ‘Nanismo Brasil’, que atuam, respectivamente, com crianças com nanismo e suas famílias, bem como com adultos que possuem a deficiência. O primeiro movimento, Somos Todos Gigantes, nasceu há 9 anos motivado pelo diagnóstico de acondroplasia de Gabriel Yamin, filho mais velho de  Juliana Yamin e o marido Marlos Nogueira. Gabriel hoje com 17 anos, faz faculdade em São Paulo e é líder do #STG.