Ambulantes pressionam por regulamentação e diálogo com a Prefeitura

Ambulantes pressionam por regulamentação e diálogo com a Prefeitura
Ambulantes pressionam por regulamentação e diálogo com a Prefeitura

Mais de 500 ambulantes se reuniram na Câmara Municipal de Goiânia nesta terça-feira (8) em busca de respostas sobre a regulamentação do trabalho informal na cidade

Mais de 500 ambulantes se reuniram na Câmara Municipal de Goiânia nesta terça-feira (8) em busca de respostas sobre a regulamentação do trabalho informal na cidade. No entanto, após horas de espera, os trabalhadores deixaram o local frustrados com a falta de debate efetivo e soluções para suas demandas. Em defesa dos ambulantes, o vereador Fabrício Rosa (PT) apresentou projeto de lei para facilitar a regulamentação dos ambulantes na Capital.

Keila, representante dos ambulantes, destacou as dificuldades enfrentadas pelo grupo: “Reivindicamos o direito de trabalhar no horário das 3h às 7h30, mas não fomos atendidos. Muitos colegas estão passando necessidade, com filhos passando fome, aluguel atrasado e até água cortada. Estamos fazendo vaquinhas para ajudar com cestas básicas, mas a situação está crítica”.

Projeto de lei
O vereador Fabrício Rosa apresentou um projeto de lei que propõe a criação da Comissão dos Ambulantes e a regulamentação do trabalho noturno, com pagamento de taxas e impostos. Doze vereadores já assinaram a favor da comissão.

Os ambulantes criticaram a superficialidade do debate. “A gente esperava um diálogo para resolver nossa situação, mas o que vimos foram projetos sendo apresentados de forma superficial. Foi um desrespeito enorme. Trouxemos uma quantidade expressiva de pessoas para mostrar nossa realidade, mas pouco se falou do assunto. Muitos foram impedidos de trabalhar hoje e ainda assim não foram ouvidos”, desabafou um dos manifestantes.

Dificuldades
Os ambulantes também denunciaram dificuldades no acesso ao plenário: “Criaram uma estratégia para impedir o povo de lotar a Câmara. Muita gente ficou de fora. É muito difícil manter o movimento unido quando somos tratados assim”.

Além disso, relataram a falta de políticas públicas emergenciais para quem está em situação de vulnerabilidade. “Estou desde sábado sem trabalhar, já venceu o aluguel, cortaram minha energia, e ninguém resolve. É sempre ‘fale com fulano’, ‘procure ciclano’. O prefeito está massacrando as pessoas sem sensibilidade ou planejamento.”

Exigências e próximos passos
Os manifestantes cobram a abertura do diálogo direto com o prefeito Sandro Mabel e secretários municipais; a aprovação urgente do projeto que regulamenta o trabalho ambulante; respeito e transparências nas negociações; e ações emergenciais para famílias em situação crítica.

“Não somos contra a organização da cidade, mas a forma como está sendo feita está destruindo vidas. Vamos continuar pressionando até sermos ouvidos”, afirmou Keila.

A mobilização deve se intensificar nas próximas semanas, com novas ações para chamar a atenção do poder público.

Assessoria do vereador Fabricio Rosa:
Carolina Goos (62) 99959-2054
Augusto Diniz (62) 98114-0790