A saída do prefeito Rogério Cruz (SD) durante a audiência de prestação de contas, realizada nesta sexta-feira, 13, na Câmara Municipal de Goiânia, causou revolta entre os vereadores presentes. Cruz deixou a sessão alegando compromisso urgente com a equipe de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB).
O presidente da Comissão Mista, vereador Cabo Senna (PRD), comunicou o ocorrido durante a reunião. “O prefeito Rogério acaba de me informar que foi chamado pela equipe de transição, acompanhada da promotora de Justiça doutora Marlene, do secretário de Saúde Pedro e demais representantes, para uma reunião na Prefeitura”, explicou Senna.
Apesar da justificativa, a saída inesperada do prefeito incomodou os parlamentares, que pretendiam fazer questionamentos diretamente ao líder do Executivo. Senna destacou que, embora a situação tenha gerado descontentamento, a legislação atual não prevê sanções em casos como esse. O vereador sugeriu, ainda, uma revisão na lei para evitar situações semelhantes no futuro.
Com a ausência de Rogério Cruz, o secretário de Finanças, Cleyton da Silva Menezes, e a equipe técnica da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) permaneceram para apresentar os dados. Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, apenas o responsável pela pasta é obrigado a comparecer à prestação de contas.
Ainda assim, os vereadores, insatisfeitos, defenderam que a audiência só seria válida com a presença do prefeito para esclarecimentos diretos. Diante do impasse, as discussões foram encerradas sem avanços.
Déficit de R$ 349 milhões marca prestação de contas do prefeito Rogério Cruz
A prestação de contas do prefeito Rogério Cruz (SD), realizada nesta sexta-feira, 13, na Câmara Municipal de Goiânia, revelou um déficit de R$ 349 milhões na receita líquida do município. Segundo a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), o saldo negativo foi compensado pelos superávits acumulados em exercícios financeiros anteriores.
De acordo com os dados apresentados, a receita total do município alcançou R$ 5,931 bilhões, enquanto as despesas somaram R$ 6,280 bilhões. Apesar do déficit, o documento destaca um aumento significativo na arrecadação: a receita do segundo quadrimestre registrou crescimento real de 11,93% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em valores nominais, a alta foi de 16,67%, atingindo R$ 2,38 bilhões.
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