O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), estará em Goiânia nesta quarta-feira, 28, para cumprir uma agenda que inclui um encontro com empresários goianos e reuniões na Assembleia Legislativa e irá conceder entrevista coletiva às 10 horas, no Hangar do Governo de Goiás. Antes de chegar à capital, Marinho fará também uma visita à fábrica da Hyundai, em Anápolis.
Marinho vem a Goiânia num momento de cenário bem favorável ao atual Governo. Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados compilados pelo Instituto Mauro Borges (IMB) mostra que a taxa de desemprego em Goiás no último trimestre de 2023 foi de apenas 5,6%, menor índice desde 2012 quando a pesquisa começou a ser realizada. Com esse resultado, Goiás alcançou o quarto maior nível de ocupação no País, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso.
No Brasil, os números também são positivos. O País encerrou 2023 com uma taxa média de desemprego de 7,8%, a menor em quase dez anos, depois de um resultado melhor que o esperado no quarto trimestre, confirmando a tendência de recuperação do mercado de trabalho após os impactos da pandemia.
O resultado médio do ano, o mais baixo desde 2014, mostra forte desaceleração em relação a 2022, quando a leitura foi de 9,6%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
A menor taxa média da série foi registrada em 2014, de 7,0%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse cenário, Marinho irá se reunir com lideranças do setor produtivo em um almoço na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG). Também devem marcar presença representantes da Fecomércio, Acieg e outras entidades empresariais representativas.
Ranking negativo
De lá, o ministro segue para uma audiência pública na Assembleia Legislativa que irá tratar de um tema negativo para Goiás: trabalho escravo. De acordo com dados do MTE, no ano passado, até o mês de novembro, 729 trabalhadores foram encontrados em situação análoga à escravidão em Goiás, o que tornou o Estado líder no ranking brasileiro.
A última vez que isso ocorreu foi há 15 anos. Na lista, Goiás é seguido por Minas Gerais (571), São Paulo (380), Rio Grande do Sul (330) e Piauí (249). Em todo o Brasil, até o momento, já foram resgatados 2,9 mil trabalhadores nessa situação ao longo deste ano.
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