Prefeito destacou importância das parcerias firmadas com os governos federal e estadual para o município e se comprometeu a dar apoio total em prol da criação da rede de proteção às mulheres. A Casa da Mulher Brasileira irá reunir, em um só local, todos os órgãos de atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade. Ministra ressaltou que projeto será levado a todas as capitais do País e que Goiás deve receber mais três unidades do programa
O prefeito Rogério Cruz liderou uma reunião de trabalho com a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, para tratar da implantação do programa Casa da Mulher Brasileira em Goiânia, na tarde desta quarta-feira (19/07), no Paço Municipal. A unidade de atendimento a vítimas de violência doméstica está em construção no Setor Goiânia II, com recursos do governo federal. Após o encontro, a comitiva vistoriou o andamento das obras no local.
No encontro, o prefeito destacou que não irá medir esforços para estabelecer as parcerias necessárias para viabilizar o projeto em Goiânia, que necessita da participação de diversos órgãos envolvidos no atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade, como Delegacia da Mulher, Ministério Público, Justiça e Secretaria de Saúde. Segundo a ministra, o programa será levado a todas as capitais do País e Goiás deve ganhar mais três unidades.
“As parcerias com os governos federal e estadual são de grande importância para a cidade de Goiânia. Infelizmente os números da nossa capital não são muito favoráveis no que diz respeito ao feminicídio e isso nos deixa muito alerta para que o projeto da Casa da Mulher Brasileira seja implantado o mais breve possível. Faço questão de ser parceiro de todos os órgãos para trazer esses serviços o quanto antes. O nosso apoio é total e sem medir esforços. A Casa da Mulher Brasileira será um espaço de transformação”, afirmou o prefeito Rogério Cruz, durante o encontro.
Rogério Cruz também disse que um grupo de trabalho técnico formado por membros da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) e o Escritório de Prioridades Estratégicas (EPE) será criado junto ao Ministério das Mulheres para acompanhar as obras e garantir que seja executada o mais rápido possível. Em seguida, o prefeito falou sobre a criação do maior programa de transferência de renda da capital durante o período da pandemia de Covid-19, tendo a mulher justamente como o foco da ação.
“Nós tivemos, no início da nossa gestão, ministra, um programa chamado Renda Família, que é um cartão que disponibilizava R$ 300 durante um período de seis meses na pandemia. Depois disso, nós estendemos esse programa e criamos o Renda Família + Mulher, direcionado exclusivamente às mulheres mais vulneráveis da nossa sociedade. Conseguimos chegar lá na ponta. Distribuímos cerca de 22 mil cartões para que essas mulheres mais vulneráveis usassem no comércio da região onde elas moram e pudessem ter o mínimo de dignidade, que é o alimento na mesa para seus filhos”, relatou o prefeito.
Panorama
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, recordou que o projeto da Casa da Mulher Brasileira foi iniciado em 2003, mas que ainda não foi implementado. De acordo com a ministra, a meta do governo federal é que o projeto chegue a todas as capitais. Após essa etapa, o programa será levado para mais 40 cidades pelo País e que a expectativa é de que Goiás receba mais três unidades. “Mas para isso, nós precisamos da unidade funcionando em Goiânia”, disse.
Em seguida, a ministra traçou um panorama do cenário do combate à violência contra a mulher. Cida Gonçalves disse que a grande dificuldade é o que chamou de “via crucis”, a necessidade de passar por diferentes órgãos por um longo período de tempo para concluir atendimento, como delegacia, Defensoria Pública, IML, Ministério Público, entre outros. “Com isso ela já perdeu dez dias de trabalho e a vontade de falar sobre isso. Então nós só vamos ter notícias dela nas capas dos jornais quando ela morre”, explica.
“Então, o desafio que nós pensamos é a criação de uma rede de atendimento. Ao invés da mulher andar por muitos lugares, todos os serviços vão estar no mesmo espaço físico. Assim que ela passar pela recepção, em um dia, todo o processo dela, se não todo resolvido, pelo menos o Boletim de Ocorrência e a Medida Protetiva já estarão emitidas. Mas a Casa não é só isso. Nós acreditamos que a mulher precisa de uma porta de saída e o programa também é um espaço para isso, para auxiliar na autonomia da mulher”, complementou a ministra.
Vistoria
Após a reunião no Paço Municipal, o prefeito Rogério Cruz, a ministra Cida Gonçalves e comitiva foram ao local da construção da Casa da Mulher Brasileira, no Setor Goiânia 2. O andamento do trabalho foi vistoriado e as autoridades conheceram parte da estrutura do local. O presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Vanesse Bento, é moradora da região onde será a Casa da Mulher Brasileira e relata a gratidão e felicidade ao ver a construção do espaço.
“Essa era uma área que não tinha destinação, aqui era um local de descarte. A construção da Casa da Mulher Brasileira é a realização de um sonho. Eu me sinto honrada do nosso setor receber uma obra tão importante”, afirma.
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