Incorporadoras da capital goiana seguem protocolos de prevenção e treinamentos voltados aos canteiros de obras. Período de chuvas é alerta de risco do aumento de casos
A volta do período de chuvas em Goiás acende um alerta recorrente: o risco do aumento de casos de dengue. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), no dia 7 de novembro, foram registrados 1.374.019 casos de dengue em 2022, o que representa um aumento de 182% na comparação com o ano anterior (2021). Em 2021 a doença causou 244 mortes e neste ano este número já chegou a 945 óbitos. A região Centro-Oeste que apresentou a maior taxa de incidência de dengue e Goiás está 2º lugar no país em número óbitos provocados pela doença.
Diante desse cenário e com a entrada no período de maior risco da doença, a construção civil redobra as atenções aos protocolos de prevenção nos canteiros de obras para diminuir a proliferação do Aedes Aegypti. Cuidados que devem ser seguidos por todos ao longo de todo o ano, na área da construção não são diferentes.
Frente aos potenciais criadouros das larvas do mosquito em espaços nos canteiros de obras, incorporadoras da capital seguem protocolos rígidos de prevenção, como dedetização com fumacê – inseticida de ultrabaixo volume (UBV), composto feito à base de neonicotinoide que não oferece risco a seres humanos –, pelo menos uma vez por mês, identificação e eliminação de criadouros, pontos que podem vir a acumular água, assim como a utilização de cloro e água sanitária nos locais em que não é possível realizar a eliminação total de água, por exemplo.
O engenheiro Raphael do Carmo Chaul, da Brasal Incorporações Filial Goiânia, afirma que são realizados treinamentos junto ao Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Seconci-GO) para a formação dos chamados ‘dengueiros das obras’, que se tornam responsáveis por vistoriar os canteiros da incorporadora e fazer todo o levantamento necessário para evitar o risco de casos de dengue. “É um trabalho de conscientização e ações coletivas, todos precisamos estar atentos e é importante ter esse conhecimento especializado para garantir a segurança não só dos colaboradores, mas da sociedade como um todo”, garante Chaul.
A supervisora em segurança do trabalho da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Valquíria Lopes, explica que são feitas inspeções semanais, nas quais o dengueiro responsável utiliza rodo e cloro granulado para identificar possíveis focos de dengue. “O controle é feito através de um formulário interno onde e descrito todas as informações supracitadas e se houve ou não casos de foco encontrados e qual foi o ambiente afirmado positivo”, complementa. Ainda segundo ela, além dos treinamentos com empresas parceiras, como o Seconci-GO, também são realizadas ações internas de capacitação e conscientização. “O objeto é ampliar ao máximo o entendimento sobre a necessidade da prevenção. São aprendizados aplicados nas obras, mas que cada colaborador carrega consigo para proteger sua casa, sua rua, e aumentar essa rede de proteção”, complementa.
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