Por iniciativa do deputado Lucas Calil (MDB), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou audiência pública para debater sobre os benefícios do uso terapêutico do cabanabidiou
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou, nesta sexta-feira, 25, uma audiência pública sobre os benefícios terapêuticos do canabidiol. O propositor da iniciativa foi o deputado Lucas Calil (MDB), que, por problemas de agenda, designou a presidência da mesa ao vereador Lucas Kitão (PSD), autor da lei municipal que obriga o município a fornecer medicação canabinoide gratuitamente. O encontro teve lugar no auditório das comissões, com início às 10 horas.
Durante a audiência, a mesa foi composta pelo verador Lucas Kitão, pelo presidente da associação terapêutica SouCannabis, Denver Carniello Rezende e pela presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Canabinóide, Endy Lacet. Participaram das discussões vários profissionais da área da saúde que integram a SouCannabis, dentre eles, o farmabotânico Pedro Nicoletti; a psicóloga Thavila Kaline; a assistente social Mariana Dourado. Além destes, também fizeram uso da palavra, o médico de medicina preventiva, Paulo Fleury; o diretor financeiro da Ágape, Felipe Cordeiro; o representante da Federação das Associações de Cannabis Terapêutica, Derick Carniello, e ainda, os advogados Jamil Issy e Thais Saraiva.
O objetivo da audiência pública foi a promoção de um amplo debate sobre o uso medicinal do canabidiol trazendo questões norteadoras sobre os aspectos políticos, jurídicos, científicos e clínicos, econômicos, associativos e sanitários – para que possam trazer a compreensão sobre esse tema tão controverso e cercado de preconceitos. Durante a audiência pública, muitos pontos que relatam benefícios do uso da terapia canabinoide foram relatados pelos participantes.
De acordo com o presidente da SouCannabis, Denver Carniello Rezende, atualmente, o maior problema relacionado ao uso da terapia canabinoide é a falta de uma lei que regulamenta o plantio, o cultivo, a pesquisa, a fabricação e a comercialização desse tipo de medicação no Brasil. “Não existe nenhuma lei que assegura sequer a distribuição dessa medicacão no Brasil, então a maioria dos pacientes busca garantir o uso através das associações devido à dificuldade de acesso e ao alto custo. Quando não conseguem entram com habeas corpus como última possibilidade”, ressaltou.
Carniello comentou que a “a Anvisa ainda tem uma visão muito conservadora, deixando de olhar a questão com profundidade e, por isso, ficamos à mercê dos Poderes dependendo de decisões de estâncias superiores. Sabemos que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, por isso mesmo, precisamos de decisões rápidas porque a doença não aguarda, pessoas sofrem e precisam ter acesso a esta medicacão”. *Com informações da Agência Assembleia de Notícias
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