Tentativa de golpe em Itaberaí
Liderados pelos ex-desafetos [agora aliados] Wellington Baiano e Jean Carlo, vereadores de Itaberaí tentam promover golpe de Estado para assumir a prefeitura no tapetão usando o Governador Ronaldo Caiado (DEM) como boi de piranha.
Sob a orientação de Baiano, que está com a candidatura impugnada e inelegível até 2022 por decisão judicial, os vereadores João Pereira Filho (DEM), Mário Wollp (DEM), Ednaldo Diniz (DEM), Eliene de Souza (DEM), Romeu Lagares (PP) e Erivelto Ferreira (DEM), assinaram um pedido de intervenção estadual sob alegação de que o Poder Executivo municipal tem sido alvo de constantes ações investigações envolvendo o prefeito Roberto Silva e o vice-prefeito Adilson Cardoso (PSDB), com suspeita de desvio de verbas para beneficiar servidores públicos.
No documento, os vereadores citam como justificativa, uma possível conivência da atual presidente da Câmara Municipal. O que não é verdade, até porque a obrigação de fiscalizar é do Poder Legislativo, ou seja, de todos os parlamentares. Não apenas do presidente. Situação criticada por parlamentares e pela própria presidente da Câmara, que durante a sessão ordinária da última quarta-feira, 7, deixou a presidência da Casa e usou a tribuna para manifestar apoio ao pedido de afastamento do atual prefeito, Roberto Silva, proposto pelo vereador Dionésio Divino dos Santos, ou, ‘Noninho Vassoureiro’ (PSC). Ao discursar, Janayna deixou claro que “é totalmente contra qualquer tipo de ilicitude no setor público, e manifestou-se favorável à sugestão apresentada por Noninho, quanto ao afastamento de Roberto até que as investigações sejam concluídas”, pontuou a presidente.
Porém, a proposta foi rejeitada pela maioria, que optou pela criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ilegalidades apontadas pelo Ministério Público. De acordo com a vereadora Janayna, um dia depois os seis vereadores produziram a carta endereçada ao Governador solicitando a intervenção imediata do Estado. “Causa perplexidade os vereadores abaixo assinado não aceitaram o afastamento do prefeito e no dia seguinte em um ato claro de cunho político pede intervenção do Prefeito. Pergunto porque os mesmo não aceitaram o pedido do vereador Noninho pelo afastamento do prefeito, como eu fiz?”, questionou Janayna.
Ouvida pela nossa reportagem a atual presidente da Câmara disse “isso é golpe do ex-prefeito Baiano e do ex-deputado Jean Carlo para assumir a prefeitura durante o período eleitoral. Isso é uma agressão ao sistema democrático porque esses vereadores nunca fizeram nenhuma denúncia durante essa legislatura”, reagiu Janayna.
Afinal, onde está o erro?
Mas, o papel de agente fiscalizador das ações do Poder Executivo, são inerentes a todo e qualquer representante público eleito para o cargo de vereador. Sendo assim, porque os seis vereadores que assinaram o documento sobrepõem a responsabilidade de fiscalizar apenas à Janayna? Afinal de contas, eles, tem o mesmo direito de voto e voz que a presidente, inclusive o dever de denunciar, acompanhar, fiscalizar e promover a “paz institucional” em defesa da população.
O pedido realizado pelos vereadores tem respaldo na Constituição Federal, Estadual e na Lei Orgânica nº1, do dia 31 de março de 1990, do município de Itaberaí. Mas, o poder de decisão é do líder do Executivo, que é macaco velho na política e conhece bem seus correligionários, afinal de contas cinco dos seis vereadores que assinam o pedido de intervenção são democratas.
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